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Memória do Samba Paulista

Neste encontro, as memórias do samba de São Paulo são invocadas pelas histórias testemunhadas por dois integrantes da velha-guarda da Peruche e da Vai-vai, Seu Carlão e Seu Fernando, respectivamente e por Simone Tobias, neta de Inocêncio Mulata, fundador do cordão da Camisa Verde e Branco. A mediação será feita por T. Kaçula, do Instituto Cultural Samba Autêntico. O encontro teve mediação de T. Kaçula.

O Samba Paulista de Raul Torres

A atividade traz à tona o importante, porém esquecido repertório de sambas do cantor e compositor Raul Torres, que se destacou como um dos artistas mais conceituados nas décadas 30 e 40, sendo o primeiro a emplacar um samba rural paulista em âmbito nacional. Além de debater e contextualizar o repertório, a atividade será ilustrada musicalmente pelos integrantes do Trio Gato com Fome.

Escolas de samba paulistanas e a institucionalização do carnaval

Neste encontro, dois integrantes da velha-guarda da Peruche e da Vai-vai, Seu Carlão e Seu Fernando, respectivamente e Simone Tobias, neta de Inocêncio Mulata, fundador do cordão da Camisa Verde e Branco conversam com o público sobre o regulamento das escolas de samba de São Paulo e suas implicações na identidade do samba paulista. A mediação será feita por T. Kaçula, do Instituto Cultural Samba Autêntico.

O samba paulista e suas estórias

Trata-se de uma apresentação sobre o samba de São Paulo, baseada em pesquisas bibliográficas e empíricas e enfocando o surgimento dessa manifestação de música e dança em nosso estado, trazida pelos escravos. Acompanhamos sua disseminação pelo interior do estado de São Paulo, sua chegada depois de 1888 à capital do Estado e sua fixação nos redutos negros da cidade: Barra Funda, Bexiga e Baixada do Glicério. Serão discutidos o surgimento dos Cordões e Escolas de Samba paulistas e a importância da Festa de São Bom Jesus em Pirapora. Será tratada ainda a maneira como o samba volta a ser praticado com entusiasmo nos anos 90, atraindo jovens que entram em contato com os veteranos sambistas. Com Olga Von Simson.

O samba paulista e a narrativa de sua singularidade regional

Em uma série de depoimentos e entrevistas, nota-se que um grupo de sambistas de São Paulo, especialmente a partir da década de 1970, argumenta em favor de que o samba paulista é diferente do samba carioca (ou o teria sido até cerca de meados do século) em razão de sua origem diversa. Segundo essa narrativa, o samba de São Paulo seria originário dos batuques que acompanhavam os festejos religiosos acontecidos no interior do Estado. Esse foi o ponto de partida para a pesquisa que procurou investigar as bases que fundamentam essa construção memorialística em torno do samba paulista, bem como identificar os elementos (tanto históricos quanto musicais) que constituiriam a suposta particularidade regional do gênero, buscando para isso letras de sambas e depoimentos de sambistas e outros entusiastas do samba de São Paulo. Com Ligia Conti Nassif.

Vai graxa ou samba, senhor? Música dos engraxates paulistanos

Por meio de fonte policial, processual, crônicas, reportagens e depoimentos orais, a pesquisa trata da relação dos engraxates ambulantes com a música produzida nas ruas da cidade de São Paulo, durante a primeira metade do século XX. Sujeitos ecléticos que se relacionavam com os mais diferentes estratos sociais, os lustradores de sapatos ocupavam as ruas paulistanas desde meados do século XIX e criaram, ao longo do tempo, uma forte imbricação com a cultura musical da cidade. As rodas de samba organizadas informalmente por estes pequenos trabalhadores nas esquinas, praças e largos, nos momentos de intervalo entre um cliente e outro, eram bastante reprimidas, mas muitos comuns na paisagem urbana do período. A prática contribuiu na formação de uma geração de sambistas paulistas e na consolidação do samba em São Paulo. Com André Santos.

Rodas de samba em São Paulo

Magnu Sousá, T. Kaçula e Aparecida Camargos, representantes de três das mais importantes rodas de samba de São Paulo – Samba da Vela, Rua do Samba Paulista e Samba Delas –, compartilham com o público suas experiências à frente desses projetos e discutem a atual cena do samba na cidade de São Paulo.

O “Samba da Vela” é realizado todas às segundas-feiras na zona sul da cidade de São Paulo há mais de uma década. A roda de samba criada por Magnu Sousá, Paquera, Maurílio de Oliveira e Chapinha reúne novos compositores que não encontram outros espaços para suas composições. O samba começa quando a vela é acesa e termina quando ela se apaga.

A comunidade “Samba Delas” surgiu em 2008 com o intuito de dar visibilidade às mulheres nas rodas de samba como compositoras, cantoras e musicistas. O grupo formado apenas por mulheres tem entre suas fundadoras Aparecida Camargos.
Fundado por T. Kaçula, o projeto “Rua do Samba Paulista” foi criado em 2002 e já passou por diversas cidades paulistas e outros estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

A atividade integrou o “Ciclo Desde que o samba é samba”, que traçou um panorama da identidade cultural brasileira por meio da história do samba da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.